quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

vampiros

Aqui resolvi por uma nota de pós produção. Eu assisti no Intercine da Globo um filme chamado Doce Vampira (nome original em inglês Nightlife), no filme se dizia que um dos principais hormônios que os vampiros precisavam era a epinefrina. Analisando tudo o que eu aprendi com o Roberto percebi toda a razão do filme. A epinefrina age como uma droga no organismo. Ela aparece em momentos especiais no corpo, medo, sexo, exercícios físicos, etc.. O ser humano se vicia nela por isso de algumas pessoas serem viciadas em medo, sexo e exercícios. No caso dos vampiros isso também poderia ser um fator viciante em alguns deles, mas não essencial como dizia no filme. Fazendo com que eles forçassem as estimulações de epinefrina no corpo. E a falta dela poderia tornar eles mais violentos. Também citou o vírus que criava os vampiros e sua falta de proteção a luz ultravioleta. Também citou sua falta de problema com Igrejas e obras de arte católicas. O filme Blade estranhamente cita também o vírus, a prata, alho e ultravioleta. Pelos número de fatos que são citados em ambos os filmes eu acredito que ambos os escritores tenham conhecido algum vampiro em suas vidas ou até mesmo sejam um deles.

Aqueles foram longos 9 dias. Ao nono dia pedimos ajuda a um colega, o Sinclair, ele pegou uma pequena balista, nós compramos nitrato de prata na farmácia de manipulação local e preparamos cada seta colocando o nitrato de prata dentro. Comi um macarrão ao alho e óleo junto com o Sinclair. Levei os sprays. E fomos para o encontro. Eu e o Sinclair usamos doses excessivas de alho na comida. E quase me matou de tão baixa pressão. De novo o café foi pesado.

Saímos da casa do Sinclair e nos dirigimos para a praça como tínhamos combinado. Durante todo o trajeto senti olhos nos cuidando, mas pensei que era apenas a apreensão do momento, regado a alho e café. A praça em questão era uma praça comum, redonda, várias arvores, havia uma trilha interna formando um círculo interno e havia trilhas formando uma cruz no centro. As luzes da praça haviam sido quebradas por vândalos e drogados (não via muita diferença entre os dois) e assim tivemos um ambiente bem escuro. Iluminado por uma lua minguante e as luzes da rua em volta da praça. O Sinclair se escondera por cima de uma árvore.

Não pude ver direito quando o Roberto chegou. Vi ele fungar tentando sentir o cheiro no ar. Ele não gostou nem um pouco do que sentiu e passou direto pelo Sinclair sem nem ao menos reparar nele. Eu tinha reparado uma coisa, o ardil dera certo, meu cheiro de alho confundiu o Roberto. Ele não tinha percebido o Sinclair.

R- Boa noite!
E- Boa noite, agora queremos explicações, o que vocês sabem, o que querem e por quê?
R- Calma, ainda bem que estamos ao ar livre essa noite, seu cheiro está de matar. Bem um quarta geração descobriu que se tomar sangue de um segunda geração ou de um primordial ele ficaria mais poderoso que um primordial. Bem, durante a segunda guerra eles mataram um primordial, mas fizeram muitas experiências com o corpo, em umas delas injetaram o vírus em judias que faltavam poucos dias para dar a luz. A maioria das crianças nasceram aberrantes, algumas nasceram normais, as que foram despertado algum poder ou coisa assim foi colocado junto com os vampiros capturados. Aquelas que nasceram normais em sua maioria foram descartadas, todas as mães foram mortas logo após o parto e queimadas no alto forno. Mas entre algumas das crianças que pareceram normais, os genes do vírus tinham se instalado sob uma forma recessiva. Mas mesmo o DNA sob a forma dominante não tinha efeito na pessoa pois ela tinha nascido com esse DNA mas não tinha o vírus para atuar. Parece que esse vírus altera o DNA natural do corpo mas ele é necessário como um tipo de catalisador. Sem ele pode se ter o DNA mas não se é vampiro.
H- E onde eu entro nisso?
R- Você tem o sangue primordial dominante e nós temos o vírus. Bastaria apenas um pouco do seu sangue para mudar tudo, pra que possamos ser livres. Como já somos vampiros ficaríamos mais forte ainda. E você sempre quis ser um dos nossos não queria. Ser imortal. Poderoso - nesse momento senti a maldade e com um olhar para o Sinclair avisei para ele ficar pronto - O que acha, só não posso garantir que possa ajudar seu amigo malcheiroso.
E- Você disse "possamos ser livres". Quem é possamos?
R- Eu , o cara que descobriu esse fator e alguns amigos.
H- Eu não sei. Preciso de um tempo.
R- Você nos procurou toda a vida e agora fica de frescura, vamos acabar com isso agora! - disse isso e tentou pular em cima do Harley.
E-AGORA!!!!

Puxei meu spray de dentro do bolso da jaqueta, tinha preferido um pequeno que comprara num conjunto de limpeza de disquetes (tenho ele até hoje), ao jogar nos olhos dele ele urrou e pulou para trás, antes de poder fugir nosso amigo acertou uma seta nas costas dele. Novamente um urro. Quando ele avançou na direção do nosso colega eu peguei um pedaço de pau e acertei em cima da seta, cravando ela fundo. Ele caiu no chão e ficou se debatendo. Outra preparação que fizemos foi uma idéia meio absurda que eu tive. Por meio de produtos químicos separamos os sais de prata de alguns raio-X que tínhamos em mão, não era grande coisa, mas para o que eu queria iria funcionar maravilhosamente. Dilui os sais de prata em uma solução de alho e cálcio. Pra quem não sabe o cálcio em grandes quantidades mata uma pessoa de forma horrível. Foi pior que se tivéssemos botado fogo nele. Injetei aquilo na veia dele e ele começou a se decompor na nossa frente. Ele estava sobre a terra e isso ajudou a absorver o líquido em que ele estava se transformando. Isso estava demorando demais, escutamos a policia chegando. Pegamos as roupas do Roberto e a seta nas costas e saímos correndo. Deve ter sido esquisito para os policiais ver aquela poça vermelha mais ou menos na forma de um homem.

Não podíamos ir direto para a casa do Harley, então fomos para a casa do Sinclair sem notarmos que estávamos sendo seguidos. Durante o caminho jogamos as roupas do Roberto num bueiro e fomos embora. Quando chegamos perto da casa dele meu instinto me alertou de novo, gritei para o Sinclair, e quando olhei para trás veio o ataque. Devido ao meu reflexo pude desviar do ataque mas o Harley levou um arranhão no peito. O Sinclair mal pode ver o que atingiu ele.

Como disse antes, sob certas circunstâncias minha força, velocidade e reflexos ficam muito acima de um ser humano normal, mas não dura muito tempo. Tive que ser rápido. Agarrando a capa (o louco usava um estilo a lá Drácula) puxei ele para trás e acertei a cara dele com meu cotovelo, quebrando o nariz dele. Ele avançou para cima de mim de novo. Tinha que ganhar tempo para usar o spray. Usando meu corpo como uma alavanca, joguei o corpo do cara em direção a um poste. Imagino que deveria ter doído pacas, mas o cara nem sentiu. Esse golpe me dera tempo suficiente para tirar do bolso o spray, quando ele veio pra cima feito uma vaca louca disparei o spray na cara dele. Ele enlouqueceu, não podia ver nada, mas conseguiu agarrar um pedaço de pau e começou a girar e avançar pra cima de mim. Andei para trás e tropecei no corpo do Sinclair, Quando o demônio acertou ele, ele caiu e bateu a cabeça.

O diabo avançava em cima de mim. Nisso o Harley com uma fúria que eu nunca tinha visto nele o acertava por trás. O desgraçado urrou feito um animal e se virou na direção dele. Olhei para o lado e vi duas setas caídas no chão, sai rolando para o lado e as peguei. Senti que tínhamos que acabar com o cara logo. O Harley era mais baixo que o cara o que dava uma certa vantagem para ele, escapava mais fácil das tentativas de golpe com o pau. Mas aquilo estava demorando demais e o cara parecia estar recuperando a visão e eu senti meu corpo amolecendo, sinal de que estava ficando sem forças. A merda ia ser feia. Infelizmente tinha usado a injeção de prata e alho no Roberto, imaginei o que eu deveria fazer e recebi uma luz. Nisso ele conseguiu acertar o Harley jogando ele longe. Foi incrível o modo como o Harley tinha lutado. Ele nunca tinha tido nem treinamento e nem era de ficar brigando na rua como eu. Mas aguentou bem as pontas, mais tarde eu soube o porquê. Com um giro rápido de corpo acertei o cara nas costas colocando a seta certinho no coração. Isso fez com que ele largasse o pau, a dor devia ter sido tão grande que ele não conseguiu nem gritar. Ele se virou para mim e colocando toda minha força e o peso do meu corpo no braço direito enfiei a segunda seta no meio da testa do animal.

O desgraçado agarrou meu pescoço e começou a me asfixiar. Estava com o corpo dolorido e mole. Estava bem fácil do cara me matar. Já estava quase desfalecendo quando o Harley acertou ele na cabeça com o pau. O barulho pareceu o de uma melancia caindo no chão. Ele me largou e simplesmente parou, eu caí de joelhos no chão e fiquei tremendo dos pés a cabeça. Olhando atrás dele vi o Harley balançando a cabeça. Olhei de novo o animal a minha frente. Ele parecia hipnotizado por algo. Simplesmente ele não se mexia. Olhei para trás e vi o Sinclair respirar. Ele estava vivo. Olhei novamente o animal, ele parecia menor. E realmente estava menor, ele estava derretendo como o outro.

Senti uma pontada de alívio com isso, ele estava morto. Terminei de acordar o Sinclair e eu e o Harley carregamos ele até a casa dele. Ele tinha dado uma senhora pancada com a cabeça e estava meio tonto. Ligamos para outro amigo meu. Ele chegou de carro e fomos para o hospital. O Harley ficou sozinho na casa. Não acreditava que mais nada podia acontecer, e graças a Deus naquele dia nada mais aconteceu. Demos entrada no Sinclair como um acidente em casa. Fora só uma concussão, em dois dias ele saiu do hospital para onde ele fora levado. Eu e o Harley levamos ele para casa.

Anos mais tarde consegui contatos na Internet de pessoas que também tinham estado em contatos com vampiros verdadeiros. Todos eles me puderam fornecer informações importantes. As pessoas que forem infectadas pela mordida mas não sugarem o sangue do vampiro podem até se transformar em vampiro também, mas a maior probabilidade é que o vírus alterado pela saliva se torne algum tipo de vírus hemorrágico como o Ebola. O Extrato de Alho pode curar uma pessoa do vampirismo desde que seja injetado na veia antes de 3 dias. E durante pelo menos 6 meses a pessoa deve tomar doses a cada 3 dias de extrato de alho, por sorte não precisa ser grande a quantidade. Devido a certas similaridades com Gripes pode-se usar a vacina contra gripe no lugar do extrato de alho, mas aparentemente o efeito é mais fraco. O extrato de alho deverá ser puro, não use os industrializados pois pode conter produtos venenosos. Há a probabilidade do Roberto ter se enganado e haver ainda primordiais vivos, segundo essas fontes o número de primordiais que escapou dos lobisomens foi 100 e não 10. A aparência de um primordial é incrivelmente semelhante ao Vampiro chefe no filme Blade 2, com uma diferença, eles são mais altos que a estatura média humana, entre 2,15 e 2,5 metros.

Parece até um final feliz. Mas não foi bem assim. O arranhão no peito do Harley injetou nele um vírus atenuado, não tornou ele um vampiro, mas ele nunca mais voltou a ser normal por dentro. Eu tenho pesadelos com a luta até hoje, o rosto daquele animal me marcou profundamente. Minha esposa as vezes estranha, eu digo que não foi nada, tomo um remédio e volto a dormir. O Sinclair desapareceu no mundo, ele teve algum tempo em minha cidade. Nesse tempo algumas pessoas desapareceram e após isso ele voltou a desaparecer. Eu perdi o contato com o Harley, que ficou algum tempo sumido por causa da perseguição que o vampiro, que descobriu o efeito do sangue do Harley, iniciou. No final o Harley com ajuda do grupo dos Van Helsing conseguiram terminar com os perseguidores. Hoje em dia temos contato novamente, mas não falamos sobre esse assunto. Pedi permissão a ele se poderia escrever nossa história. Ele disse que tudo bem desde que não aparecesse nossos nomes.

Fim...

Nenhum comentário:

Postar um comentário